Nariz dos cachorros podem detectar calor, diz pesquisa

Pesquisa afirma que cães podem detectar calor com seu nariz. Foto: Reuters/Bernadett Szabo

O nariz molhado e gelado é uma das características que vem na nossa cabeça, quando pensamos em cães. Além de detectar odores de maneira eficiente e controlar a temperatura do corpo, uma pesquisa, feita por cientistas da Suécia e Hungria, demonstrou que o nariz canino pode detectar fraca radiação infravermelha à distância.

O rinário – a ponta fria, úmida e nua do focinho de um cachorro – é capaz de detectar fraca radiação térmica, de acordo com uma nova pesquisa publicada nesta sexta (28) no Scientific Reports. Esse tipo de sensibilidade, no entanto, é reduzido em mamíferos com rinário frio. Toupeiras e guaxinins, têm rinários, porém usados para sensibilidade tátil.

O nariz pode detectar diretamente a radiação infravermelha fraca liberada por um corpo ou objeto quente através de fótons. A descoberta foi feita por uma equipe colaborativa da Universidade Lund, na Suécia, e da Universidade Eötvös Loránd, na Hungria, que são os primeiros a relatar essa capacidade em qualquer mamífero carnívoro.

Os cientistas queriam saber se lobos e outros carnívoros teriam, assim como as viboras, capacidade de detectar sinais infravermelhos fracos emanados de suas presas quentes.

"Então, nós humanos – e também os cães – temos termorreceptores em nossa pele e podemos sentir o calor por todos os meios de transferência de calor", por exemplo, "podemos sentir o calor do sol em nossa pele através de radiação térmica", escreveu a pesquisadora a frente do estudo, Ana Bálint. "A diferença aqui é que se trata de radiação térmica de intensidade muito baixa – ou radiação térmica fraca – porque a temperatura dos corpos dos mamíferos que a emitem não é muito alta, ao contrário do Sol, por exemplo". Isso significa que um animal precisa ter "sensores muito sensíveis para detectá-lo", disse ela ao Gizmodo.

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