Deputado renuncia após ser pego em orgia gay

O ex-deputado é cadado com uma jurista com quem tem uma filha. Foto: Divulgação
O político húngaro Jozsef Szajer, de 59 anos, que foi a voz mais forte do primeiro-ministro conservador Viktor Orbán no Parlamento Europeu, deixou seu partido, no poder, após surgirem mais detalhes de como ele fugiu de uma festa privada em Bruxelas. Ele já havia renunciado ao cargo no Parlamento Europeu. Com informações do jornal Folha Vitoria.

Orban disse ao jornal Magyar Nemzet que as ações de Szajer eram "indefensáveis". "Ele tomou a única decisão apropriada quando se desculpou e renunciou ao cargo de membro do Parlamento Europeu e deixou o Fidesz", disse Orban.

Szajer admitiu ter participado do que a imprensa belga descreveu como "orgia", em que estavam "25 homens nus", o que viola as normas sanitárias vigentes no país. O seu partido reagiu de forma lacônica ao dizer que "Jozsef Szajer tomou a única decisão possível", ao se referir a sua renúncia do Parlamento Europeu.

Durante a batida policial, o ex-deputado tentou fugir entrando em uma sarjeta, mas foi capturado. Em sua mochila, a Promotoria de Bruxelas diz ter encontrado ecstasy em quantidade não especificada. Szajer negou usar drogas e disse que se ofereceu para fazer um exame toxicológico no local, mas a polícia não o fez. "A polícia disse ter encontrado pílulas de ecstasy. Não eram minhas, não sei nada de quem as colocou lá ou como. Eu disse isso à polícia", disse ele, em nota.

Szájer é casado desde 1983 com a jurista Tünde Handó, 58 anos, integrante do Tribunal Constitucional e chefiou o Gabinete Judicial Nacional entre 2012 e 2019, com quem tem uma filha.

Jurista, Szajer gosta de se apresentar como um dos arquitetos da Constituição húngara de 2011, após o retorno ao poder de Orbán. O texto inclui artigo que define "a instituição do casamento como a união entre um homem e uma mulher" - na ocasião, o partido de Szajer disse que o governo defendia os "valores cristãos".

Para a oposição húngara, o comportamento do aliado de Orbán "zomba" dos preceitos morais defendidos pelo governo. "Enquanto os políticos do Fidesz nos ensinam sobre o cristianismo e a família, eles levam uma vida completamente diferente", disse o ex-primeiro-ministro de esquerda Ferenc Gyurcsany nesta quarta, 2.

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