Foram necessários três horas para retirada do tumor. Foto:Hospital Regional de Juruá/Divulgação |
Os médicos descobriram que o tamanho anormal do abdômen da jovem era resultado de um tumor ovariano que já estava se ligando ao intestino. Segundo a equipe médica um tumor como esse, que chegou a 20 quilos em três meses, é bastante raro.
"Seria como se ela estivesse com uma barriga no oitavo ou nono mês de gestação. Era um tumor bastante vascularizado e o corpo começou a jogar bastante sangue nele", explicou o médico Billy Rodrigues, ginecologista que participou da cirurgia, ocorrida no Hospital Regional de Juruá, em Cruzeiro do Sul.
"Foi um caso de evolução bem rápida. Ela chegou com suspeita de gravidez, mas fez exames e deram negativos. Há três semanas, fizemos ultrassonografia e identificamos uma massa gigante com origem ovariana. Realizamos outros exames para saber o tipo do tumor e apontou para um benigno", comentou médico.
A cirurgia durou cerca de três horas, e quatro médicos participaram do procedimento. A massa de origem ovariana se espalhou para apêndice, bexiga, intestino e útero, e a sua retirada foi considerada complicada, porque a equipe precisou cortar o tumor dessas outras partes do corpo sem que houvesse o risco de perda exagerada de sangue.
A paciente é Testemunha de Jeová e assinou uma carta negando uma eventual transfusão sanguínea, caso fosse necessário. A religião proíbe seus seguidores de receberem sangue de outra pessoa. A expectativa é de que a paciente receba alta nos próximos dias.
Caso a jovem queira ter um filho, os médicos explicam que o tumor não resultará em sequelas em uma futura gestação. Junto com a massa, foram retirados uma das duas trompas de Falópio e um dos dois ovários, onde o tumor se localizava.
Fonte: noticias.uol.com.br
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